23 de julho de 2013

dar CORPO à SOMBRA - 2


















O que antes residia num campo virtual passa a ter lugar também na tridimensionalidade.
Meu blog n personas ganha versão impressa numa publicação artístico-artesanal, configurando o trabalho 2 da série dar CORPO à SOMBRA.

Conheça o blog em www.npersonas.blogspot.com.br

19 de abril de 2013

dar CORPO à SOMBRA - 1

A sombra é uma imagem derivada da ausência parcial da luz, não é em si, mas eu quero incorporá-la - dar matéria, peso e cor à ela. A sombra é um tipo de avesso, de contraste, de negativo; quero levá-la para o outro lado. 
Penso no conceito de sombra de Jung - lugar de potência. 
Valorizar o que não vive em primeiro plano.










7 de abril de 2013

Riscos em movimento

Estes riscos que são fios, traços em movimento me acompanham há muito.





Cito Ana Cristina Cesar, em momentos que cabem perfeitamente aqui:

"existe uma medida entre o descuido e a premeditação - trata-se do cuidado. (...) Medida exata entre o acaso e a estrutura. (...) não ter medo de prosseguir. (...) uma extremidade corre em direção à outra. (...) tudo fecha, os fios sempre emendam no final. uma forma determina a outra. a estrutura também é inesperada."

16 de março de 2013

Fios

Aqueles riscos eram fios e, agora, arame - um continuum.













Sobre mim


Eu me contradigo.
Meu corpo se contradiz.
Meu corpo sou eu.
Eu me contradigo.

Eu sou meus opostos, minhas ambivalências, minhas ações e desistências, minhas dúvidas e verdades.
Eu sou o fazer e desfazer que meu corpo elegeu como dinâmica, como meio de estar no mundo.

Meu corpo brinca.
Brinca com a condição de impermanência.
Cria e volta atrás, estranha e reconhece, distrai e concentra.

Se sei das minhas npersonas e gosto disso, por que olhar de forma diferente para o desejo do meu corpo também não ter certezas? Somos um múltiplo.

Junho 2012

Perfis

Perfis - Outra forma de contar o tempo
(o que ainda há, mais do que o que já passou)






























15 de março de 2013

Alvos

2012

Recortando meu campo visual, montando de outro jeito.
Trabalho corporal.









Fotos minhas impressas nas folhas dos resultados dos meus exames de campo visual:





Curtas

Aguardo
  Guardo
       Ardo



Foto grafia
Foto poesia
Eu tenho fotossensibilidade



O agudo é o contrário do grave e do crônico.



Sem relógio
sem hora
com tempo



Poesia na rede: 
Foco
foto
topo

  

O vazio não é o contrário do cheio.
O vazio é o todo.



Tempera
Tempo em espera

Têmpera
Têmpora
Temporal

Tempo oral



Sem pressa
sem preço
sem pressão



Eu quero um raptor
Alguém que me trague
que me leve
que me traga alegria leve.



Tim tim gelado
Corpo quente



Todo amor é verdade. E toda verdade é mutável.



Queria com.

Questões do corpo

"Ao que tudo indica, a singularidade de um corpo está ligada à identidade das suas ações em um ambiente e o fluxo incessante de imagens que não apenas o identificam em relação aos demais seres vivos, mas o tornam apto a sobreviver. Isso tudo estaria relacionado também à dramaturgia de um corpo, uma vez que tudo se resolve no momento em que acontece. Um presente que carrega a história e aponta para o futuro, mas que se organiza a cada instante, criando novos nexos de sentido."

"O corpo vivo é mais do que uma coisa estendida num espaço visual, e sim todas as relações que suscita e que em certa medida são absolutamente singulares."

"Em se tratando do corpo, essa configuração se faz prioritariamente pelas imagens internas, aquilo que marca a diferença agenciando corpo, ambiente e vínculos que se estabelecem nesta relação. A informação não está em 'lugares' mas em 'relações'. As muitas metáforas do corpo sugerem portanto nexos diferentes e um jogo incessante entre estabilidades e instabilidades que precisam ser esclarecidos."
[Christine Greiner]



Autorretrato

Grafite e pastel oleoso sobre papel
1.50m x 1.68m

Início em 2007, reinício e término em 2012



































Olá tudo que gosto! Voltei!

"Meu coração lá de longe faz sinal que quer voltar." 1

Nunca tinha montado esse "quebra-cabeça", sempre fazia quadro a quadro. Agora resolvi colocar na parede e descobri seu real tamanho (1m50x1m68).

A questão não é que "o todo é maior que a soma das partes", e sim, que a soma das partes é maior do que eu supunha.

Pronto, agora posso voltar a seguir pelo meu caminho; depois de pegar atalhos desérticos com tempestades de areia, sol escaldante, miragens, pouca água e pouca sombra, ambiente árido e raríssimos oásis.

"Partir para o deserto | É partir | Para o mais longe | De si mesmo." 2

Mas, a bagagem não vem vazia, desertos ensinam, ninguém sai impune deles.

"No deserto, a criatura humana se despoja de si, enfrenta seus demônios e forja a própria identidade." 3

De volta. Melhor.

"A paz invadiu o meu coração." 4


1 Leminsky
2 Jean-Yves Leloup
3 Idem
4 Gilberto Gil


Sobre a feitura ou modo de fazer:

Acertar a colocação não é fácil.
É preciso precisão.
Uma mínima diferença põe o todo a (se) perder.
E é preciso começar de novo, um a um, questão de milímetros.
O tempo do relógio não é suficiente.

O colorido surge, olhos e boca.
Não é fácil.
A boca é a última cor a se formar.
Dificuldade.

Boca - lugar da voz, do sopro.

Janeiro de 2012



Variação sobre o tema:


Aqueles riscos eram fios




(...) Eram sempre fechados. Hoje eram vários, abertos, dialogando. Os outros também dialogavam, mas eram um. Hoje são mais. E abertos. Traços curvos, ondulados, pontiagudos; hoje, fios soltos. (...) Transparência, avesso, liberdade. Os (...) riscos mudaram, os olhos têm mais caminhos para percorrer, e há surpresa. O conteúdo espalhou-se ou mesmo não há conteúdo. Sem conteúdo, nada está contido, o conteúdo é em si mas não condena ao espaço limitado. (...)